sábado, 1 de outubro de 2011

Diferença entre Praga e Doença

Deve-se vistoriar o jardim periodicamente, como objectivo detectar a presença de pragas e/ou doenças.

É necessário esclarecer que, quando se fala em pragas, está se referindo ao inimigo da planta de origem animal (pulgões, lagartas, cochonilhas, etc.), e em doenças, quando o inimigo da plantas é de outra origem (fungo, vírus e bactéria).

Pragas
O controle das pragas pode ser tanto preventivo quanto de ação direta, pela aplicação de defensivos agrícolas.
Outra possibilidade é o uso de defensivos alternativos, de produção caseira, quase nada tóxicos e que têm se mostrado bastante eficientes no combate das pragas.

Formigas: as espécies consideradas pragas em jardins e hortas são compostas pelas formigas cortadeiras: saúvas e quenquéns.
Não existe ainda uma forma eficaz de se controlar naturalmente formigas cortadeiras. As iscas tóxicas (formicidas) são as mais eficientes no mercado, fáceis de aplicar, pouco tóxicas ao homem e de preço acessível. Sua utilização deve ser feita seguindo-se criteriosamente as instruções contidas no rótulo. Deve-se, ainda, respeitar a indicação de iscas para jardinagem amadora e para a agricultura. Esta última não pode ser utilizada na área urbana.

Lesmas e Caracóis: normalmente atacam à noite, furando e devorando folhas, caules e botões florais, mas também podem atingir as raízes subterrâneas.
Dicas: besouros e passarinhos são seus predadores naturais. Uma boa forma de eliminá-los é usar armadilhas feitas com “isca de cerveja” para atraí-los. Como fazer: tirar a tampa de uma lata de azeite e enterrá-la deixando a abertura no nível do solo. Colocar dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracóis caem na lata atraídos pela cerveja e morrem desidratados pelo sal.

Ácaros: parecem pequenas aranhas vermelhas, sendo de tamanho microscópico. O sinal de que a planta está sendo atacada é o aparecimento de minúsculas teias prateadas na parte de baixo das folhas. Todas elas podem matar suas plantas, mas antes deixam as folhas manchadas e enroladas.

Pulgões: podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes. Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e até transmitir doenças perigosas. Os pulgões costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias. Precisam ser controlados logo que aparecem, pois multiplicam-se com grande rapidez.
Dicas: as joaninhas são seus predadores naturais. Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas. Essa operação pode ser feita semanalmente. Recomenda-se também a aplicação de calda de fumo ou macerado de urtiga.

Cochonilhas: são insetos minúsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Além de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma substância pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso.
Dicas: as joaninhas também são seus predadores naturais, além de certos tipos de vespas. A calda de fumo e a emulsão de óleo são métodos naturais bastante eficientes para combatê-las. Deve-se evitar o uso de controle químico, mas, quando necessário, nos casos extremos, normalmente são usados óleo mineral e insecticida organofosforado.

Moscas-brancas: são insetos de coloração branca. Não é difícil notar a sua presença: ao esbarrar numa planta infestada por moscas-brancas, ocorre uma pequena revoada de minúsculos insetos brancos.
Dicas: é difícil eliminá-las; por isso, muitas vezes, é preciso aplicar insetidas específicos. Quando o ataque é pequeno, o uso de plantas repelentes - como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortelã (Mentha sp.), calêndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) - costuma dar bons resultados.

Lagartas: fáceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formando uma espécie de "teia" para proteger-se.
Dicas: caso não apresente um ataque maciço (quando é indicada a aplicação de um lagarticida biológico, facilmente encontrado no mercado), o controle das lagartas deve ser manual, ou seja, devem ser retiradas e destruídas uma a uma. A calda de angico ajuda a afastar as lagartas e não prejudica a planta. O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mantê-las afastadas. Aves e pequenas vespas são suas “inimigas” naturais.

Percevejos: são mais conhecidos como “marias-fedidas”, pois exalam um odor desagradável quando se sentem ameaçados. Seu ataque costuma provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando novas brotações.
Dicas: vespas são seus predadores naturais. Devem ser removidos manualmente, um a um. Se o controle manual não for eficiente, a calda de fumo pode funcionar como um repelente natural.

Tatuzinhos: muito comuns nos jardins com humidade excessiva, são também conhecidos como “tatus-bolinha”, pois enrolam-se como uma bolinha quando são tocados. Vivem escondidos e alimentam-se de folhas, caules e brotos tenros, além de transmitir doenças às plantas.
Dicas: evitar a humidade excessiva em vasos e canteiros; devem ser retirados manualmente e eliminados um a um.

Nematóides: são “parentes” das lombrigas e atacam as plantas pelas raízes. As plantas afetadas apresentam raízes grossas e cheias de fendas. Num ataque intenso, provocam a morte do sistema radicular e, consequentemente, da planta.
Algumas plantas dão sinais em sua parte aérea, mostrando sintomas do ataque de nematóides: as dálias, por exemplo, podem apresentar áreas mortas, de coloração marrom, nas folhas mais velhas.
Dicas: o melhor repelente natural é o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na área infestada. Se o controle ficar difícil, deve-se eliminar a planta infestada do jardim, para evitar a proliferação.

Doenças
Antracnose: provoca o aparecimento de várias manchas brancas com anéis vermelho-escuros com o tempo. As manchas tornam-se amarronzadas. Das manchas, formam-se buracos e as folhas caem. O controle químico é feito com pulverizações à base de enxofre. Durante o período de crescimento, pulveriza-se semanalmente com Maneb ou zineb.

Cancro: os fungos penetram pelos cortes da poda, nó de articulação do enxerto ou ferimentos causados por ferramentas. Aparecem manchas marrons grandes que circulam os caules, atingindo as folhas. O controle é feito com pulverizações à base de enxofre.

Tombamento: aparecem quando se tem excesso de humidade e temperatura baixa. Causam o apodrecimento da haste junto ao solo. O controle deve ser preventivo com a desinfecção do solo.

Ferrugem: formam manchas pulverulentas nas partes inferiores das folhas que depois murcham e caem, e nos caules. As manchas podem ser alaranjadas, amarelas ou marrom-avermelhadas. O controle é feito com pulverizações de enxofre, Zineb ou Maneb.

Míldio pulverulento: o ataque é feito nas partes novas da planta, formando manchas marrons cobertas por um pó branco ou cinza. As folhas enrolam e secam. O controle deve ser químico, à base de enxofre.

Mofo cinzento: a planta apresenta nos caules, folhas, brotos e botões florais um mofo cinza amarronzado. O controle químico é feito com pulverizações de Zineb.

Oídio: a planta apresenta manchas claras, esbranquiçadas, aspecto pulverulento (talco), mais ou menos arredondadas nos dois lados das folhas, nos brotos e botões. As manchas tornam-se amarelo-avermelhadas e as folhas acabam secando. Controle com produtos à base de enxofre.

Pinta-preta: a planta apresenta as folhas todas pintadas com manchas arredondas pretas, com contorno amarelado, causando a queda das folhas. Ocorre geralmente em tempo húmido e é típica das roseiras. O controle químico é feito através de pulverizações com Dithane e Fermate.

Galha: a planta apresenta um tumor arredondado e áspero que aparece no caule junto ao nível do solo. O ataque é feito quando a planta sofre ferimentos. A planta perde o viço e morre. O controle químico é feito com aplicações de estreptomicina em pó a cada duas semanas.

Viroses: existem diversos tipos. As plantas atacadas geralmente apresentam estrias amarelas nas folhas, deformações, envassouramentos, reduções do crescimento e da produção.

Fonte: Ebah

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pragas e Doenças - Algumas explicações e Sintomas




Emurchecimento 
A causa provável é um ataque de pragas ou doenças no sistema radicular ou cuidados inadequados, como água em excesso, secura excessiva ou um arrefecimento repentino.

Vegetação raquítica 
Primeiro, suspeite de um ataque de aranhiços vermelhos ou de outros insectos sugadores, especialmente afídios ou cochonilhas-lapa. Senão, a causa poderá ser um ataque de pragas ou doenças no sistema radicular. Nos pelargónios suspeite de uma doença causada por vírus.

Manchas brancas pulvurentas 
São provocadas por um fungo designado por oídio.

Teia fina 
A teia começa nas páginas inferiores das folhas e alastra a estas e aos rebentos. Indica um ataque de aranhiços vermelhos.

Zonas pretas ou castanhas em decomposição 
Nas plantas adultas, a causa é provavelmente um apodrecimento do caule e do colo. Se o apodrecimento se situa na base de uma estaca inserida em mistura para enraizamento, suspeite de podridão do pé. O apodrecimento dos caules das plântulas resulta de damping off.

Desaparecimento das pontas dos caules e entalhes irregulares
Estas plantas devem estar a ser atacadas por lagartas, bichas cadelas ou gorgulhos. Os entalhes irregulares são provocados por estas pragas, que roem as partes mais suculentas da planta. Devem ser exterminados imediatamente.


Amarelecimento e emurchecimento das folhas
 Se a planta não estiver a ser atacada por pragas sugadoras, tais como afídios, cochonilhas, ácaros, aranhiços vermelhos ou moscas brancas, a causa poderá estar em condições de cultura deficientes. Considere todos os aspectos dos cuidados adequados.

Amarelecimento sem emurchecimento
Esta anomalia pode ser causada por luz muito forte ou por clorose – excesso de calcário na mistura de envasar ou na água. A clorose em geral só se verifica em plantas que apreciam condições ácidas, como as camélias ou as gardénias. A maneira mais fácil de tratar a clorose é com aplicações de sequestrene ou de um composto de ferro.

Buracos ou margens dentadas 
A causa é um insecto roedor. Procure lagartas, bichas-cadelas ou gorgulhos.

Deformações 
Se as folhas se enrolam de uma maneira pouco natural ou apresentam deformações, suspeite de um ataque de pragas sugadoras, tais como afídios, ácaros dos cíclames ou aranhiços vermelhos ou tripes. Nos pelargónios a causa pode ser uma virose.

Extremidades castanhas e secas 
As plantas com folhas compridas estão bastante sujeitas a este problema. O ar ou a mistura estarão secos? Estarão as folhas a ser danificadas pelas pessoas que roçam pela planta?

Folhas a cair 
Se as folhas começarem a cair subitamente e a planta não estiver a iniciar o seu periodo de dormência, trata-se provavelmente de negligência no que respeita aos cuidados devidos.

Folhas enroladas 
Se as extremidades estão unidas por uma teia branca, procure uma lagarta verde ou uma pupa castanha dentro da folha enrolada. Trata-se de uma infestação de uma lagarta enroladora nas folhas

Formações encortiçadas 
As manchas húmidas nas folhas podem estar na origem do problema. A doença, conhecida por edema ou crosta de cortiça, resulta em geral da rega excessiva dada à planta cultivada em luz insuficiente.

Manchas
Porções descoloridas de forma irregular – amarelas, castanhas ou pretas – são normalmente indício de más condições de desenvolvimento.

Manchas brancas irregulares
Devem-se a larvas minadoras de folhas.

Manchas pretas de bolor 
Trata-se de fumagina, uma doença causada por um fungo, a qual é um dos efeitos secundários da infestação de insectos sugadores, como ácaros e aranhiços vermelhos.

Perda de variegação 
Não se trata de uma doença. As plantas têm tendência a voltar às suas cores originais. Corte todos os ramos que tenham folhas verdes. Se as folhas estão a perder a cor gradualmente, a razão é luz insuficiente.

Pontuações 
As folhas podem ser afectadas por uma grande variedade de pontuações e manchas, desde pequenas e de forma regular a grandes e irregulares e de húmidas e salientes a secas e côncavas. A sua causa mais provável é a negligência nos cuidados requeridos, mas podem também ser devidas a infecção por bactérias ou vírus. As pontuações castanhas pequenas, arredondadas e planas são as mais comuns e a sua causa é, em geral, a rega ou a pulverização descuidada.

Pontuações amarelas 
A causa provável é uma ataque de sugadores de seiva. Nos pelargónios e nas peperónias pode também ser um sinal de doença por vírus, se ao mesmo tempo se verificar deformação nas folhas.

Riscas 
A presença de riscas vermelhas ou esbranquiçadas anormais deve-se provavelmente a uma infestação de ácaros dos bolbos nos hipeastros ou de tripes em qualquer outra planta. As folhas compridas e esguias de muitas plantas bolbosas podem ainda ficar torcidas e deformadas, com crostas castanhas ou encarnadas ao longo das margens.

Substância pegajosa 
Trata-se de uma secreção de insectos sugadores – como os afídios, cochonilhas ou moscas brancas. Quando a acumulação de líquido é muito grande, este pode cair em gotas do vértice das folhas.



Fonte:PlantaSonya

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dracaena Fragans (Pau de água, Coqueiro de Vénus ou Dracena de Vénus)

Nomes Populares
Coqueiro de Vénus, Dracena de Vénus, Pau d'água

Família
Liláceas

Origem
As Dracaena fragrans são plantas de interior originárias da África Oriental, Tanzânia e Zâmbia.

Porte
Até 6 metros.

Folhas
Possuem uma faixa amarela no centro, chegam a ter 1 metro de comprimento e 10 cm de largura

Flores
Tem flores muito perfumadas que ficam fechadas durante o dia e ao entardecer começam a abrir exalando um perfume intenso. O nome específico "Fragrans", significa fragrância (perfume)

Propagação
Por estaca,  corte pedaços da cana e coloque em areia úmida ou até mesmo em copos com água até que começam a aparecer brotos e raízes. Deixe durante este período na sombra, mas em local com bastante iluminação.

Cuidados
Não são plantas que exigem cuidados especiais.
São bastantes tolerantes a seca e podem ser plantadas a sol pleno, mas se plantadas em locais com 50% de sombra, terão cores mais vistosas.
O nome fragrans está relacionado com as flores desta planta, as quais têm um odor forte e adocicado. As mesmas não dão flor em interior antes de alguns (bastantes) anos. Nos casos lidos, as dracenas que floriram, tinham todas mais de 10 anos.
A forma de cuidar das Dracaena fragrans é muito similar à das Dracaena marginata.
Gostam de calor e preferem muita luz, mas filtrada. Alguns dos problemas mais comuns com estas plantas estão relacionados com a luz. Se as folhas têm manchas castanhas ou perdem a cor, provavelmente a sua dracena está a receber luz a mais. Se as folhas da Dracaena fragrans 'Massangeana' ficarem uniformemente verdes e perderem a risca amarela central, então a sua planta precisa de mais luz.

Observação
Arbusto de crescimento lento, se cultivado diretamente no solo, pode atingir 6 metros de altura .

Fonte:A febre das Plantas Meu cantinho verde

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sardinheiras

Família
Geraniaceae(família dos geraniuns)

Nome comum
Sardinheira

Outras variedades
São inúmeras, realçam-se as que possuem folha em forma de hera, as de folhas perfumadas e a híbrida mais vulgar que é mais conhecida por Regal (Martha Washington).

Descrição
As Sardinheiras são plantas perenes mas não resistem ao frio e à geada, pelo que em regiões de temperatura extrema devem ser recolhidas para um local protegido no Inverno. Ao contrário de muitas outras plantas, a Sardinheira não necessita de descanso anual, por isso dá flor desde que seja possível providenciar-lhe luz, água e calor adequados. Em geral dá-se melhor com Verões quentes e secos e noites frescas, mas em Portugal encontra-se uma grande variedade em quase todas as regiões.

Origem
África do Sul, embora actualmente existam vários cultivares e híbridos em todo o mundo.

Cultivo
Após adquirir uma planta jovem envasada, deixe a terra secar um pouco e com cuidado vire o vaso segurando com uma mão na superfície da terra e com a outra o vaso, retirando a planta para verificar como estão as raízes. Se não estiverem demasiado enroladas à volta do vaso e muito compactadas, deixe ficar onde estão por mais 5 a 6 semanas. Se pretender mudar para outro sítio (o que se torna obrigatório no caso de as raízes estarem muito apertadas) escolha um vaso ligeiramente maior e um substrato próprio para plantas, misturado com um pouco de areia de rio, porque a Sardinheira não suporta humidade excessiva nas raízes e a areia ajuda a drenar.
A Sardinheira gosta de mudar de solo com frequência, mas para além deste aspecto e de se dever cortar sistematicamente com uma tesoura as pontas que crescem, para manter a boa forma da planta, quase nada mais é necessário à sua sobrevivência.
Também vale a pena sacrificar as primeiras flores no início da época, para conseguir manter a boa forma do conjunto, conseguindo-se uma estrutura de ramos firme e densa, que produzirá mais vegetação e flores do que se não for aparada.
Se a planta não for nova, deve ser podada fortemente em cada ano, em geral no início da Primavera. Corte tudo o que sejam ramos finos e compridos e ainda os que pareçam secos e pouco saudáveis
  
Luz 
A maior parte das espécies dá-se bem com sol aberto ou com sombra parcial, pois gosta de muita luminosidade, mas nunca com o sol directo e muito quente dos meses de Julho e Agosto, que pode queimar as folhas mais tenras. Os extremos são o gerânio Martha Washington ou Regal, que necessita de alguma sombra e o Pelargónio ou gerânio perfumado, que prefere mais sol. No Inverno deve ser reduzida a quantidade de rega para uma vez por semana, pela manhã, para que à noite a terra esteja seca.
 
Humidade 
Não tolera a humidade excessiva na raiz, por isso o solo deve ser bem arejado e poroso. Uma mistura com alguma areia de rio, em cima de algum pedrisco ou leca resulta bem. Por esta razão as raízes não devem também ser plantadas muito fundas, sendo preferível deixá-las mais perto da superfície.
 
Resistência 
Não suporta o frio excessivo (as folhas ficam avermelhadas) e morre com a geada, embora possa regressar na Primavera, mas sempre debilitada.
 
Fertilização 
Embora não necessite de solos muito ricos, ganhará se for fertilizada ligeiramente na Primavera com fertilizante liquido 20-20-20 ou 15-30-15 sempre nas (ou abaixo das) doses recomendadas pelo fabricante.

Propagação 
Por estacas com 7,5 a 10 cm retiradas dos ramos mais altos nos meses de Abril a Setembro, plantadas após serem mergulhadas no fertilizante hormonal próprio, em solo bem drenado, misturado com areia limpa e sem sal. Retirar as folhas inferiores da estaca em dois terços. Os rebentos novos nascem em 4 a 5 semanas.

Aplicações
Dependendo da espécie a Sardinheira pode ser utilizada em cestos pendentes, em floreiras, em vasos pendurados nas janelas e em paredes ou em canteiros no jardim. Se pretender ter vários pés no mesmo contentor, prefira um conjunto da mesma cor e espécie ou pelo menos de tons que no conjunto sejam harmoniosos. Separados entre si cerca de 50 cm, verá o belo efeito que produzem. Não se esqueça de retirar todos os Verões algumas estacas para reprodução na estação seguinte, como acima referido. É das plantas mais fáceis de reproduzir e o efeito que produzem quando em quantidade é extraordinário.

Características 
A Sardinheira é uma planta muito resistente às doenças e pragas, mas o excesso de água e o fungo que dá origem à botrytis podem dar cabo de uma planta. Nesse caso o melhor é deitá-la fora e começar tudo de novo. Para melhor promover a saúde e higiene destas plantas, não se esqueça de remover durante toda a floração, as flores e as folhas que secam, o que ajudará a planta a fortalecer-se. Remover também, como indicado em cima, as pontas dos rebentos novos para promover o aparecimento de mais ramos, folhas e flores.

 

domingo, 19 de junho de 2011

Titan Arum - Flor Cadáver (Amorphophallus titanum)

Neste blog estamos a dar a conhecer as plantas que temos por casa.
Como é óbvio, nunca iríamos ter a maior flor do mundo em casa, mas aqui a damos a conhecer somente como curiosidade.

Titan Arum - Flor Cadáver (Amorphophallus titanum)


A Planta
A Flor Cadáver (Titan Arum), cujo nome científico é Amorphophallus titanum (do grego Amorphos "sem forma" + Phallos "fálico" + Titan "gigante") e que pertence às Angiospérmicas (plantas com flor), é a maior flor do mundo, podendo atingir 3m de altura quando está em flor, 6m de altura com a sua folha e pode pesar até 75Kg!
Foi descoberta em 1878, pelo botânico italiano Odoardo Beccari.
O seu nome Titan Arum deve-se a David Attenborough, que durante o documentário sobre a sua floração e polinização, achou inapropriado chamar Amorphophallus à planta.
É chamada de Flor Cadáver devido ao seu odor, que é semelhante ao de um animal em decomposição, que atrai moscas e besouros responsáveis pela sua polinização.

Origem
É uma planta endémica da ilha de Sumatra, oeste da Indonésia, onde cresce nas florestas tropicais, em colinas calcárias. É também plantada em jardins botânicos e privados de todo o mundo.

Ciclo de Vida
É uma planta que pode viver até 40 anos, mas só floresce duas a três vezes.
Ciclo de vida da Titan Arum - flor cadáver - Amorphophallus titanum

Depois da flor morrer, cresce uma única folha a partir do seu tubérculo, até 16,6cm por dia. Esta folha pode ser tão grande (6m de altura e 5m de largura) que alcança o tamanho de uma pequena árvore.
A folha cresce com um talo esverdeado, que se divide em três secções no topo, cada uma contendo pequenas folhas.
Todos os anos a folha antiga morre e uma nova cresce no seu lugar. Quando o tubérculo ficar com energia suficiente, fica adormecido durante cerca de 4 meses e depois o processo repete-se com a floração da Titan Arum.

Clima
Deverá ficar numa zona sombreada para ficar protegida da luz directa do sol, a uma temperatura mínima de 22ºC durante o dia e 19ºC à noite.

Rega
Irrigação normal a abundante, sem excessos, para não apodrecer o bolbo.
Diminuir ou suspender a rega durante o período de dormência.

Solo
Usar uma terra rica em matéria orgânica e nutrientes, não sendo necessário fertilizar com frequência (uma vez num mês pode ser mais que suficiente).
O fertilizante ideal é um com um alto conteúdo de fosfato (por exemplo 15-30-15), que estimula crescimento de tubérculo.
O diâmetro do vaso onde está plantada deve ser pelo menos duas vezes superior ao do tubérculo que é plantado.

Pragas
As duas pragas primárias são nematóides e insectos nas raízes.
Deve-se usar um pesticida sistémico de espectro, em doses pequenas, para não causar danos na folha.

Fonte: wikipedia e plantasonya

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Lithops ou Pedras Vivas

Descrição
As plantas individuais Lithops, consistem em um ou mais pares de bolbo,  quase fundidos entre si. A fenda entre as folhas contém o meristema e produz flores e folhas novas. As folhas da Lithops são na sua maioria enterradas abaixo da superfície do solo, esta planta deve receber luz por uma janela permitindo entrada de luz no interior das folhas para a fotossíntese.


Durante o Inverno, um par de folhas novas, ou ocasionalmente mais que um, cresce dentro do par de folhas existentes. Na primavera o velho par de folhas cai secando, para revelar as novas folhas. As  Lithops podem encolher e desaparecer abaixo do nível do solo se por acaso se esquecer da regar.  

As Lithops no habitat Natural quase nunca têm mais de um par de folhas por cabeça, o ambiente é muito árido para suportar isto.  Flores amarelas ou brancas emergem da fissura entre as folhas após o par de folhas novas amadurecerem completamente, uma flor por par de folhas. Isto é geralmente no outono, mas pode ser antes do equinócio de verão em L. pseudotruncatella e após o equinócio de inverno em L. optica. As flores são muitas vezes docemente perfumadas.

A adaptação mais surpreendente de Lithops é a coloração das folhas. As folhas não são verdes como em quase todas as plantas, mas em vários tons de creme, cinza e avermelhado, modeladas com áreas mais escuras, pontos e linhas vermelhas. As marcas nas superfícies superiores servem para disfarçar a planta.

As Lithops obrigam e exigem a polinização de uma planta distinta. Como a maioria das Mesembs, as Lithops são uma cápsula seca que se abre quando se torna molhada, algumas sementes podem ser ejetadas por pingos de chuva caindo,e a cápsula torna a fechar quando seca. As cápsulas também podem, por vezes, separarem-se intactas, ou podem-se desintegrar depois de vários anos.


Distribuição
As Lithops são naturais de vastas áreas da Namíbia e África do Sul, bem como pequenas áreas de fronteira, em Botswana e possivelmente Angola, a partir do nível do mar até altas montanhas. Quase mil populações individuais são documentadas, cada um cobrindo apenas uma pequena área de pastagem seca, estepe, ou terreno pedregoso nua. Espécies diferentes de Lithops são preferencialmente encontradas em ambientes particulares, geralmente restrito a um determinado tipo de rocha.

As Chuvas em vários habitats destas plantas é  de aproximadamente 700 mm / ano para perto de zero, e os padrões de precipitação variam de chuva de verão exclusivamente ou chuva de inverno, com algumas espécies sobrevivendo quase inteiramente sobre a formação de orvalho de humidade durante a noite. Temperaturas são geralmente quentes no verão e frios no inverno, mas uma espécie é encontrada na costa com  temperaturas moderadas todo o ano.


Cultivo:

 As Lithops são plantas da casa populares por serem novidade e muitos especialistas de suculentas em manter as colecções tentam faze-las reproduzir-se. Sementes e plantas estão amplamente disponíveis em lojas e pela Internet. Eles são relativamente fáceis de crescer se for dado o sol suficiente e adequado e solo bem drenado.

O Tratamento normal em leve clima temperado é mantê-las completamente seca durante o inverno, a rega apenas deve ser feita quando as folhas velhas secarem e for substituído por um par de folhas novas. A Rega continua através de outono, quando as plantas florescem e depois para no inverno. Os melhores resultados são obtidos com o calor adicional, como uma estufa. Em climas mais quentes as Lithops terão uma dormência de verão, que é quando elas devem ser mantidas secas na sua maioria, e elas podem exigir um pouco de água no inverno. Em climas tropicais, Lithops pode ser cultivada principalmente no inverno com uma dormência verão. Em todas as condições, as Lithops serão mais activas e precisam de mais água durante o outono e cada espécie de flor aproximadamente ao mesmo tempo.
 
As Lithops prosperam melhor em num substrato, grosseiro bem drenado. Qualquer tipo de solo que retém muita água fará com que as plantas  estourem as peles como o excesso de água para se expandirem. Plantas cultivadas em luz forte irão desenvolver superfícies duras fortemente coloridas que são resistentes a danos e roturas, embora o excesso de água persistente continuará a ser fatal, também O calor excessivo matará vasos de plantas, pois como não se podem refrescar pela transpiração e enterrar-se no solo fresco abaixo da superfície.


A Propagação de Lithops é por sementes e estacas. Os Cortes só podem ser usados para produzir novas plantas de uma planta que está naturalmente dividida para formar cabeças múltiplas, por isso a maioria de propagação é por sementes. As Lithops podem facilmente ser polinizadas por mão se duas distintas espécies florirem ao mesmo tempo, a semente estará maduro cerca de 9 meses depois. A Semente é fácil de germinar, mas as mudas são pequenas e vulneráveis ​​para o primeiro ano ou dois, e não dará flor até pelo menos dois ou três anos de idade.
 


História:
A primeira descrição científica de uma Lithops foi feita por William John Burchell, explorador da África do Sul, botânico e artista, embora ele a chama-se de Mesembryanthemum turbiniforme. Em 1811 ele acidentalmente encontrou um espécime quando pegar do chão a "pedra de formato curioso." [2]. Infelizmente, a sua descrição não está detalhado o suficiente para ter certeza de que ele havia descoberto Lithops e o nome turbiniformis Lithops não é mais usado, embora durante muitos anos foi aplicado ao que é hoje conhecido como Lithops hookeri.

Várias Lithops mais foram publicadas como espécies Mesembryanthemum até que em 1922 NE Brown começou a dividir o gênero muito grande sobre a base das cápsulas. O gênero Lithops foi criado e dezenas de mais espécies foram publicados nas décadas seguintes. Brown, Gustav Schwantes, Kurt Dinter, Gert Nel, e Louisa Bolus continuou a documentar Lithops de toda a África Astral, mas houve pouco consenso sobre as relações entre eles, ou mesmo que as populações devem ser agrupados como espécie. Até 1950, o género era pouco conhecido no cultivo e não é bem compreendida taxonomicamente.


Na década de 1950, Desmond e Naureen Cole começaram a estudar as Lithops. Eles eventualmente visitaram quase todas as populações e habitat com amostras colectadas de aproximadamente 400, identificando-os com os números de Cole, que tem sido usada desde então e distribuição de sementes Cole numeradas em todo o mundo. Eles estudaram e fizeram uma revisão sobre a planta e o seu gênero, e em 1988 a publicação de um livro definitivo (Lithops: Stones Floração) descrevendo as espécies, subespécies e variedades que tenham sido aceites desde então.

Novas espécies continuam a ser descobertas constantemente em regiões remotas da Namíbia e África do Sul, mais recentemente, L. coleorum em 1994, L. hermetica em 2000, e L. amicorum em 2006.



Fonte: Wikipedia